Há um ano, por esta hora já esperávamos o teu nascimento.
A natureza fez o seu trabalho. Uns pozinhos de ciência aceleraram o processo.
Pelas 19h estavas quase pronta para nos conhecer. Senti as dores. Controlei-as. A epidural não funcionou como esperava. Fui a pé para o bloco de partos. Sorri sempre. O pai esteve sempre ao meu lado!
Na hora, só não controlei o medo, por sentir que não estava a ser capaz que nascesses. Dependias de mim. Algumas vozes fortes e convictas fizeram com que não perdesse as forças e os sentidos. Vozes de quem ama o que faz!
As 19.57, com o pai bem junto a mim, e a ajuda das Médicas a quem sempre agradecerei, nasceste! Foi o maior turbilhão da minha vida. Terei sempre o filme na minha cabeça. Não lembro da dor. Lembro aqueles segundos de revolução.
Mostraram-me o teu pé e foi a sensação mais maravilhosa do mundo. O pai teve o momento da vida dele, ver nascer a filha, como a natureza programou. Como o nosso amor programou.
Ao longe fizeram-te as observações e avaliações necessárias. Voltaste para o meu peito ... o teu choro parou! Pele com pele! Como se estivesse planeado por Deus que ia ser assim.
Vestiram-te e voltaste para perto de mim. Mamaste por uma hora ... a primeira aprendizagem como mãe. Desde aí nunca mais nos separamos. Só quando a vida a isso obriga.
Foi o ano mais veloz de todos.
Vimos-te dar o primeiro sorriso. A primeira gargalhada. Rebolar. Sentar. Gatinhar. Pôr de pé. Dar os primeiros passinhos agarrada. Chamar mamã e papi.
Como podemos guardar tudo isto para sempre?
Tens olhos grandes e mágicos. Pele limpa e macia. Sorriso expressivo. Gritas de felicidade e rebeldia. Adoras as pessoas do teu círculo. Gostas da escola e de todos os meninos que dela fazem parte. Os primos, serão sempre os teus irmãos mais velhos!
Estamos cansados. Mas tão tão felizes!
Obrigada!
Obrigada!
Obrigada!
Parabéns meu Amor!
Parabéns pai!