Tenho saudades de partir, só com hora de partida e de regresso. Sempre com data e hora de regresso.
Saudades de largar o relógio e andar ao sabor da luz do Sol. Acordar com o sol a brilhar tímido e deitar com a luz brilhante da Lua. Olhá—la pela janela sempre que posso e ter tempo para ver como está o céu e as estrelas que nele dormem.
Saudades de partir com um destino, perdendo—nos entre caminhos que não sabemos onde vão dar. Saudades de não saber onde vamos almoçar ou jantar ... e de tantas vezes acabarmos por comer algo simples e rápido porque acordámos para as horas tarde demais.
Esta é a altura do ano em que sonhamos as nossas viagens e escapadelas para o ano. Delineamos datas e sonhos mas sem muitas exigências, porque se não for como planeado será melhor, ou mais importante.
Pegamos no pequeno mapa de Portugal e no Globo colorido da sala. Fazemos marcas imaginárias nos sítios que já visitámos e estudos de mercado para a nossa lista de prioridades.
Encontramos soluções que fazem borboletas no estômago. A verdade é que somos simples e viajamos sempre de mente e coração abertos. Conseguimos sempre encontrar o melhor de qualquer lugar. Sempre!
E sinto—me uma privilegiada por isso.
Uma privilegiada por até hoje saber escolher os meus companheiros de viagem que vêm as coisas, os sítios e os momentos como eu. Simples!
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